quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A/O aranha tem 8 patas


Ando pensando, lendo e analisando a respeito de alguns comentários referentes ao ex-campeão do UFC, Anderson 'Spider' Silva.
Como todos sabem, em sua ultima luta contra o atual campeão Chris Weidman, Anderson sofreu uma terrível fatalidade que foi a quebra de sua perna esquerda em um chute defendido.

A luta tinha como finalidade uma revanche de uma vitória já muito polêmica de Weidman sobre Anderson anteriormente e assim, gerou muitos comentários - respeitando a todas as opiniões e garantindo que aqui não pretendo fazer com que minha opinião seja a correta, apenas pretendo promover reflexão: qual a velocidade que alguém pode passar de herói à vilão?

Os comentários que vejo a respeito da recuperação de Anderson são em geral bem repetitivos e agressivos, como se ele merecesse o que aconteceu pois estava lhe faltando humildade em suas lutas... *pausa pra respirar
Acho engraçado o emprego do conceito 'humildade' numa competição, num estilo de luta, pois enquanto se vence, as pessoas vêem como uma habilidade a mais, mas ao perder se torna algo totalmente negativo?

O ex-campeão, sempre utilizou as suas estratégias, maneirismos e fighting style que fez com que ele se tornasse quem é, campeão, possuidor da maior quantidade de defesas de título da atualidade e considerado o melhor peso-por-peso da história!

Não penso aqui em defender Anderson, pois creio que ele não precisa de defesa alguma, apenas me afeta ver tantas pessoas comentando de forma tão agressiva e desnecessária como tenho visto, repetindo comentários que as vezes parecem mera reprodução do que a mídia nacional sensacionalista prega e como isso tem repercutido negativamente nas redes sociais.

Sim, Anderson provavelmente vai voltar e se ele vê que pode, tenho certeza que consegue e terá minha torcida como sempre teve, para executar com maestria o que sempre fez, lutar com uma naturalidade invejável e um carisma que só ele tem, minha dúvida não gira em torno de se ele conseguirá voltar ou vencer, mas se será ou se sentirá motivado o suficiente para tal.

Por que afinal de contas, o que é uma perna se nosso spider tem 8?

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Rebeldia sem calça

Pensei muito inicialmente no título e quero deixar muito claro que o que venho a colocar como rebeldia na realidade se trata de um posicionamento social, uma maneira de se expor e uma imagem que se cria, ou pretende-se criar.

Digo isso pois vejo o quanto é importante para alguns extravasar algo que não são, meramente afim de "ser do contra", andar em lados opostos a sociedade ou ao que ela dita. Em alguns textos que li vi uma noção muito simples falando sobre moda, dizendo como as pessoas pensam serem diferentes enquanto na realidade a moda dita exatamente como elas deverão se vestir. Ai você poderá rebater "mas eu sou único, a moda hoje em dia é azul(exemplo) e eu uso somente vermelho!", algum dia foi vermelho, e será novamente em algum outro tempo, logo nada adianta tentar ser diferente, somos controlados, apenas podemos esgueirar entre as barras que nos prendem para buscar uma saída que talvez nem esteja lá.

Mas esse nem é o ponto central, apenas um exemplo que se estendeu.

Pensamento crítico, é e sempre será a melhor forma de rebeldia, digo isso pois após ver todas as manifestações e tudo o que veio disso, ainda existem pessoas que brincam com o assunto por não compreenderem sua totalidade, não por falta de capacidade, mas de interesse.
Ficaria satisfeito se instigasse com isso tudo apenas a noção de que pensar é a maior arma que existe, e temos que admitir nossa preguiça mental, afim de confrontarmos a mesma, ler mais, nos informarmos mais...

Já passou da hora de nossos rebeldes vestirem as calças, pra que as nossas reivindicações não sejam vãs pois não se trata de buscar um anarquismo, destruir é sempre mais fácil que remontar, reestruturar, reinventar.

Não busquem a diferença, sejam-na.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Pastor Silas Malafaia


Me perturba tanto quanto me preocupa quando vejo alguém brandar "estudos" ou citações de pessoas que antigamente eram tidas como gênios e por isso ficaram famosos, os bem conhecidos "quotes" que vemos nas redes sociais, mas nada me deixa mais indignado do que alguém encher a boca para falar supostamente em nome da Psicologia, citando(novamente entre aspas) "estudos" sem origem ou dados concretos de qualquer ordem, meramente afim de construir uma falácia, muito ruim inclusive.

Não estou afim de discutir sobre religião e nem comentar as declarações preconceituosas deste homem para com a comunidade homossexual, apenas gostaria de deixar bem claro que mesmo possuindo um diploma, e me preocupa muito a instituição de onde ele conseguiu o mesmo, este homem não é e nem será nunca um Psicologo.

Das Responsabilidades do Psicólogo
Art. 2º - Ao psicólogo é vedado:



  1. Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;

sábado, 10 de novembro de 2012

O livro da Psicologia


Mais uma vez venho comentar/indicar um livro interessante enquanto consultor, digo consultor pois se trata de uma junção de resumos a respeito de autores e princípios da Psicologia.
Dou ênfase a parte de consulta pois obviamente é impossível reduzir todo o conhecimento da área em um só livro, de nenhuma área inclusive.
Mas o livro é bem resumido e traz sim conceitos as vezes mais complexos até mesmo de serem meramente encontrados em seus textos originais, mais facilmente em destaque.
Aos interessados em Psicologia ou aos estudantes indico então uma boa fonte de resumo para nos inteirarmos em assuntos ou obter mero conhecimento geral a respeito.
Comprei e pretendo ler pelo menos um autor a cada 2 dias até termina-lo, faço anotações e busco sempre algo a mais a respeito, depois disso avanço, acho importante pois são curtos os capítulos e creio que não atrapalhará muito, com 1 hora de seu tempo, pode-se fazer um bom uso no aumento de conteúdo sobre a Psicologia de maneira geral.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Oliver Sacks



“ Estamos em terreno estranho aqui, onde todas as considerações usuais podem ser invertidas – onde a doença pode ser bem-estar e a normalidade, mal-estar, onde a excitação pode ser um cativeiro ou uma libertação e onde a realidade pode residir na ebriedade e não na sobriedade. É verdadeiramente o reino do Culpido e Dionisio”.

O.S

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Raízes que causam o mal do século XXI


É uma audácia, para dizer no mínimo, que eu me proponha a meramente discutir sobre raízes de problemas ou infortúnios de todo um século, no entanto creio que vale muito a pena pois proponho não uma saída, ou uma resposta, mas um apontamento esperando gerar quaisquer tipos de reflexão.
É muito conhecido o conceito  do equilíbrio na vida, interno e externo em relação ao homem, no entanto num mundo frenético, capitalista e regrado é muito difícil manter-se longe do primeiro mal, que é a ansiedade.
A ansiedade é a “pré” ocupação(a palavra já diz tudo) com algo que nem aconteceu. Esse é um mal terrível e seu maleficio maior vem do fato das pessoas subestimarem ele, ninguém vê ansiedade como algo realmente ruim, as pessoas até definem-se como ansiosas, apresentam-se como tal:

_ “Nossa eu estou aguardando pacientemente a muito tempo aquele ultimo episódio...”
_”Meu Deus!! Nem me fala, preciso ver aquilo agora, você lembra daquela ultima cena... O que vai acontecer agora!!! Será que eu encontro online?! Não vai dar pra esperar...!!!”
_ “Calma, já já chega o dia, é gostoso esperar e criar uma expectativa a respeito...”
_ “Não! Você esta maluco, queria ver tudo de uma vez só, acho que vou assistindo todos os episódios novamente, assim me acalmo até semana que vem!”
_ “...”
_ “hahaha, desculpa sou meio ansiosa!”
*Baseado em fatos reais.

É então um grande problema pois cria problemas... Uma vez ansioso você não consegue focar em quase nada, não pensa direito, vive um momento que não chegou e sofre por antecedência. Quem já não sofreu por um bronca que sabia que iria tomar? Ou por qualquer coisa que você considere ruim, mas que não  havia ocorrido ainda!
O segundo mal eu demorei para conseguir destacar como problema, mas muito recentemente tenho conversado e visto que em meu meio social acontece muito, procurei outros meios, até internet e encontrei-o em todos os cantos, o rancor.
O rancor, assim como a ansiedade é de grande maneira subestimado, pois as pessoas o condenam, mas ainda assim não se contem em relação a expressa-lo ou senti-lo. O rancor nada mais é do que uma raiva ou um ódio de algo ou alguém que não nos levará a nada...
Vejo pessoas falando que matariam umas as outras se pudessem, e sei que obviamente ninguém vai matar ninguém pois isso não é algo que uma pessoa sã faria e ninguém que anda comigo é psicopata, que eu saiba. No entanto são pensamentos e ideias pejorativos que somente “pesam” na pessoa.
Ao guardar quaisquer sentimentos ruins em relação a alguém(geralmente é alguém) por mais que as pessoas não conheçam a situação ou a pessoa, tomam suas conclusões e admitem essa sensação ruim, nada de bom pode surgir disso, você mais uma vez perde seu foco, perde sua concentração e começa a tramar planos de vingança, totalmente sem sentido, a sofrer com uma espécie de ansiedade e a entristecer-se quando a pessoa(alvo) fica feliz, os níveis de absurdo elevam-se conforme o tempo passa. Tudo o que pode surgir disso são, surtos psicóticos e eventualmente uma possível depressão.
Mais uma vez serei ousado, gostaria de pedir, de verdade, policie-se, da próxima vez que ficar chateado(a), com alguém, fique, mas momentaneamente, procure concentrar-se em outras coisas eventualmente, pois como eu disse, absolutamente nada de produtivo provém de um sentimento tão ruim.
Agora sim! O mal do século XXI, isso nem fui eu quem primeiro pensou, já existem pesquisas com números sólidos que mostram como esse mal tem afetado a nova era.
Mas minha intenção aqui é comentar sobre as possíveis causas dessa depressão, por que mais e mais pessoas sofrem desse mal que é interno, o que tem provocado essa “onda” de casos depressivos?
Vivemos na era da informação rápida, no entanto as pessoas estão cada vez mais distantes, separadas por aquilo que deveria uni-las, a comunicação! Via internet, principalmente, tem se tornado algo cada vez mais impessoal, conversamos muito com alguém através do facebook ou msn, mas ao vivo, ficamos sem assunto!
Li em uma revista que a única causa de gostarmos tanto de redes sociais é que elas realmente são nossas vidas, mas editadas. Exatamente, uma vida sua, com você, porém editada, somente fotos boas, momentos bons e assuntos interessantes...
A depressão pode e provem de inúmeros motivos ou razões, os quais não tenho capacidade de colocar um por um aqui, mas posso afirmar que a manutenção interna, através de terapia, auto conhecimento e assim dominância em relação a suas próprias emoções podem ajudar a prevenir(todos entendem que estar deprimido e ser depressivo são duas coisas completamente diferentes), senão erradicar as depressões mais simples(lembrando que existem depressões que provém da genética e devem ser tratadas com a ajuda de um Psiquiatra, através de fármacos), no entanto, mais uma vez se policiar em relação aos seus próprios sentimentos, atitudes e pensamentos diários, principalmente visando o equilíbrio em tudo, além das "raízes" do problema, pode ajudar muito a amenizar a possibilidade de algo tão ruim como uma depressão atingi-lo.

 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Relação entre os textos, "eu sei, mas não devia" e "Ouro de tolo"

Raul Seixas conta em seu texto ou musica, o quanto é descontente com sua vida, possuindo coisas que a sociedade impõe como "suficientes" a felicidade ou até como "conquistas na vida". Então ele nega varias dessas coisas que supostamente representariam o sucesso. E em âncora ao texto de Marina Colasanti, dando ênfase a maneira como somos indiscriminadamente condicionados a conquistar metas, que não são nossas, não importando "o preço".
O conceito que pude captar foi o de como somos facilmente influenciados, se não, manipulados por uma ideia imposta de felicidade, buscando e batalhando cegamente por nosso "ouro de tolo", sabendo do que abrimos mão... mas não deveríamos.