quinta-feira, 19 de abril de 2012

Textos


Será o mundo uma ideia?
Marcelo Gleiser

Argumentação:
“ A mente humana é mais incrível que o universo, pois sem ela o universo nem existira, uma vez que tudo provem dela...”
Premissas: -O que é existir?;  Tudo aquilo que existe, pode ser experimentado, ou dependemos de nossa percepção, ou ainda do nosso conceito de percepção.
-O que é percepção?; Percepção engloba todo conceito desde nossos 5 sentidos, até sensações extra-sensoriais, como intuições etc.
-Mito da caverna de Platão; Platão tenta exemplificar sua ideia de percepção através do mito da caverna, onde pessoas acorrentadas em uma caverna por toda vida só entram em contato com sombras que se projetavam a parede através de uma fogueira que queimava atrás deles.Com isso sua percepção da realidade seria completamente distorcida. Então Platão consegue colocar em “cheque” todo um pensamento, afirma que: “... apenas um pensamento puro, livre das distorções da percepção sensorial, pode nos revelar verdades absolutas, imutáveis.” Ou seja, a essência da verdade só poderia ser percebida através da razão.

“Segundo Platão, o que é lógico é correto, absoluto, matemática como a ciência que chega mais próximo a verdade”
Premissa: Privar-se  ao máximo das sensações em busca de um olhar racional sobre tudo, Platão afirmava que a matemática e tudo aquilo que provinha dela, tinha maiores chances de realmente atingir a verdade absoluta por ser mais racional.
-“ Apenas a ideia de um circulo é perfeita, qualquer tentativa de reproduzi-lo será uma falha...”;  Tudo aquilo que é “ideal” esta no mundo das ideias, logo segundo o pensamento de Platão, é inatingível, pois não existe.

“Nicolau de Cusa, Somente Deus é perfeito e absoluto, a essência de Deus é incompreensível aos humanos”
Premissa: Influenciado por Platão, Nicolau diferenciava-se afirmando que o homem era incapaz de atingir a verdade suprema, pois essa se trava de Deus. Como teólogo afirmava ainda que Deus era uma essência incompreensível ao homem.

Conclusão: Um pouco dos três argumentos é analisado, não no âmbito religioso, mas na definição ou conclusão de verdades absolutas e tendo isso em vista percebe-se que devemos sempre questionar nossas verdades e devemos também levar em conta nossos próprios conceitos de experiência e percepção, para que não busquemos eternamente cegos dentro da caverna, dogmas ou ideias impossíveis.



                                                                                                      Daniel Neuba Cartagena

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Auto-análise

Levanto

Levanto e penso em mais um dia, penso no cansaço, nas horas à dormir...
Levanto e vejo a luz invadindo meus olhos, respiro, recebendo o ar da manhã...
Levanto e penso em todos os afazeres, deveres, responsabilidades...
Penso em muitas coisas, mas no fundo, por mais cansado, por mais feliz, sei por que estou lutando, relembro minhas metas, meu destino, minha escolha...
Levanto e sei que quero caminhar como minhã mãe, impor respeito de maneira carinhosa, ser obedecido sem mandar, mostrar amor e compaixão, sem medir quem receberá...
Ai eu levanto, levanto e pela primeira vez sinto-me orgulhoso de meu nome, orgulhoso de minha familia e infinitamente feliz por te-los, ainda que distante, tão perto de mim.

Daniel Neuba

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Limites e Autonomia

O capitalismo é um sistema baseado no dinheiro e na aquisição do mesmo, quanto mais dinheiro, mais poder. No entanto ele se impõe até certo ponto, o homem, insaciado procura sempre mais, muitas vezes por simples vaidade, por exemplo, buscar uma promoção dentro de uma empresa simplesmente por que o salario é maior ou ainda por que efetivaria um status maior, ignorando quaisquer fatores externos, que afetariam a pessoa ou sua família.
Ainda o quão "robotizados" estamos hoje em dia, vivemos em rotina constante, ininterrupta e não reclamamos, pois perdemos nossa visão critica, ou aquela "busca" por uma saída... uma procura por nossa, então perdida, autonomia.
Autonomia refere-se a vontade de cada individuo "livre" de repressões, ou objeções externas as suas. Porém, num mundo industrializado, automatizado e massificado, o quanto delimitada esta essa vontade, como poderíamos realmente defender nossa autonomia sem sermos radicais em relação ao meio social?
Mediar nossa vontade com nossos afazeres é tão importante quanto "acordar" para a ideia de que nossa subjetividade esta cada vez menor e que se não avaliarmos e agirmos diariamente tendo em vista preserva-la, corremos o serio risco de perde-la. Nos tornaríamos assim, apenas "mais um na multidão", perdidos entre muitos, sem personalidade e opinião própria... mais uma engrenagem no sistema.